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copiada do site gamehall, links no final do post
Mas, afinal, o que é o RetroN 5?
Se você não sabe o que é o RetroN 5. Ele é um console da Hyperkin que tem como proposta rodar jogos de quase todas as plataformas clássicas. Segundo a própria fabricante, ele roda jogos de NES, SNES, Super Famicom, Genesis, Mega Drive, Famicom, GameBoy, GameBoy Color, e GameBoy Advance, tudo isso usando cartuchos e os controles originais dos consoles em questão. Legal né? Mas talvez nem tudo sejam flores…
O RetroN 5, da Hyperkin. Agrada a alguns e desenvolve o ódio (com motivo, convenhamos) de outros.
E qual é o problema então?
A ideia é simples e eu não pretendo me alongar muito nesse assunto: a GPL3 diz que um programa que usa sua licença não pode ser usado em um aparelho que diminua suas liberdades originais. Em outras palavras: você não pode ter um app que segue GPL3, e esse app ser distribuído em um sistema fechado onde eu não possa mexer no código fonte dele para rodá-lo.
E isso foi exatamente o que a Hyperkin fez com o RetroN 5: quando você roda o emulador sob o código GPL3, você está sujeito às atualizações específicas e controladas feitas pela Hyperkin. Isso é violação da licença e pode causar problemas jurídicos sérios para a Hyperkin.
Além disso, alguns dos emuladores usados pelo RetroN 5 são de uso não comercial, como é o caso do SNES9X (Super Nintendo), do Genesis Plus GX (Mega Drive) e VBA Next (GameBoy Advance) , portanto, usá-los em um aparelho comercializado é contravenção e quebra de contrato.
Aí vão os meus pitacos sobre alguns outros pontos errados na execução do RetroN 5:
Inicialmente a Hyperkin disse que não ia usar emuladores, o que rapidamente ficou provado ser mentira. Eles estão lá, escondidos, mas podem ser usados sem problemas;
O produto foi feito “pela metade”. Se apressaram pra lançar o console e depois corrigir os bugs por “updates” de “firmware”. Até aí nada demais, Sony e Microsoft fazem isso o tempo todo. Mas não deixa de ser escroto, visto que boa parte do trabalho deles não era nem desenvolver os emuladores;
Quando, finalmente, a Hyperkin assumiu que estavam usando emuladores, eles disseram que seriam emuladores de desenvolvimento próprio. O que, afinal, ficou provado que também é mentira.
Há muito tempo eu tento entender o motivo desse console existir. Ele não é o hardware real, é um emulador disfarçado de console rodando android. Quando você coloca um cartucho nele, ele faz “dump” da rom do cartucho e abre essa rom em um emulador. Qual a vantagem disso? Qual a diferença entre isso e rodar o emulador diretamente no PC, usando um adaptador de controle? Encaixar o cartucho? Sou bem mais ter o console real e usar um flashcart qualquer, se é pra ser purista, seja da maneira “certa”.
O texto dos autores do Retroarch pode ser lido aqui e eu recomendo fortemente pra quem se interessa pelo assunto:
http://www.libretro.com/index.php/retroarch-license-violations/
Mas é possível resumi-lo em apenas uma linha:
“Multiple license violations, multiple conflicting licenses, bad faith” ou, na nossa língua “violações múltiplas de licença, conflitos múltiplos de licença e má fé”.
O debate é bem mais complexo do que os defensores tentam simplificar. Eu, de verdade, recomendo a leitura da reclamação acima.
Dito tudo isso só me resta falar “Que coisa feia, Hyperkin!”.
PS: a imagem do logo no topo foi feita pelo “bennyfuentes”, a arte dele pode ser conferida aqui:
http://bennyfuentes.deviantart.com/
*Informações via gamehall
*Ver postagem original
Legal você postar sobre este problema que o pessoal do "Retroarch" expôs, acompanho o trabalho deles e respeito muito, é uma pena o mundo estar cheio de "espertos".
ResponderExcluirNa minha opinião, isso de retron 5 é desnecessário, já que podemos emular todos esses consoles no PC e até mesmo no PS2, Xbox e outros
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